quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024


 

O MAL QUE NOS HABITA

É uma produção Argentina que, nos últimos anos nos habituamos a ser surpreendidos, afinal a produção Argentina tem nos brindado com pequenas pérolas, muitas surpresas … Com esse terror foi diferente, a premissa da possessão é aqui desenvolvida com um misto de alguns acertos e muitos erros … A narrativa nos fala de um lugarejo onde algumas pessoas começam a apresentar sinais de possessão e o foco é centrado numa família, cujo pai, separado, luta para salvar a família do risco de uma possível possessão … algo de individualista e egoísta paira no ar ...o filme tem um aspecto meio “trash”, e capitaneado pela boa direção de Demián Rugna  e atuações primorosas( é perceptível o esforço dos atores para salvar os deslizes e desacertos do roteiro) se não alça o posto de obra prima ao menos não promete o que não  pode cumprir … ancorados em bons momentos que nos remetem a tempos áureos dos grandes filmes de terror tem efeitos especiais medianos, uma trilha sonora que não decepciona e uma mão pesada que não perdoa… não poupa nem as crianças, aliás é com elas uma das cenas mais chocantes …  ele beira o escatológico, para ser um pouco elegante, fugindo de uma tendência atual onde o medo e o susto saem do lugar de conforto produzido pelas imagens, centrando fogo mais na suposição e expectativa que a cena crua tão comum (como aqui, onde vísceras são a bola da vez). É uma narrativa desconfortável. Impossível não fazer uma velada analogia, onde um paralelo do filme com a atual situação política que a Argentina está mergulhada é facilmente perceptível pelos mais atentos …. Aqui os moradores sabem que o poder público pouco ou nada estão a fazer para protegê-los … é um filme que ganhou notoriedade pelo boca a boca e, nestes casos, frequentemente ganham holofotes nem sempre pelo merecimento … É de fato para estômagos fortes…

Em cartaz nos cinemas.

Ficha Técnica:

Título: O MAL QUE NOS NABITA

Direção: Demián Rugna

Roteiro:  Demián Rugna

Elenco: Emilio Vodanovich, Paula Rubinsztein, Cleo Diaz, entre outros



 

 

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