quinta-feira, 19 de junho de 2014

 
 
 
 
Estou na reta final do livro "O RÉU e o REI"... Quando o peguei imaginei a catarse que seria e o quanto de desencanto poderia gerar... Não estava enganado... O livro começa narrando a audiência da ação movida por Roberto Carlos contra o autor Paulo César e volta ao começo de tudo... É admirável e encantadora a força e determinação do Paulo e seu amor pelo seu ídolo, desde a infância, o rei Roberto Carlos. Com um texto enxuto e gostoso de ler ele faz um passeio pela MPB, costurando histórias e experiências, todas elas girando em torno do Rei e seu obsessivo desejo de entrevista-lo para conclusão dos trabalhos que gerariam o livro " ROBERTO CARLOS em Detalhes". Anos e anos de determinação (15 aproximadamente)... Como é bonito de se ver sua determinação, sua paciência e, sobretudo, sua sabedoria ao lhe dar com situações contornadas que poderiam por tudo a perder. Estou, especificadamente, no momento do lançamento do livro e da reação de Roberto Carlos, tipo: não li, não vou ler e não gostei... Estou mandando processar... Não li RC em Detalhes, no entanto ouvi vários depoimentos de leitores unânimes em dizer: É uma obra prima, um vasto painel da MPB e de seu envolvimento com a história do Roberto. Estão lá as histórias que se cruzam dos grandes ícones da MPB, a própria evolução da história da discografia na Brasil, seu auge, seu declínio, suas mudanças e adaptações às novas mídias... Um relato transparente e minucioso... Chega a ser didático.... Uma história que os amantes da música não podem se eximir de ler. Uma leitura obrigatória....
Estou num misto de encantamento e de decepção(junte-se a isso um pouquinho de raiva)... Como o Paulo deve ter sofrido e sofre depois de todas as situações vividas e as que ainda vive... a vontade que sinto é sentar com ele e fuzila-lo de questionamentos... Depois de tudo, qual o seu real sentimento, hoje, pelo seu ídolo, pelo Rei, que certamente, estaria em situação muito mais confortável se este tão comentado e esperado livro chegasse as pessoas? Que sentimento hoje o move e o motiva a continuar a escrever depois desta experiência???
Sei que muito me aguarda e o filé desta história ainda estar por vir...
Uma dica: Leiam, divulguem... Esta problemática passa muito além de uma simples proibição bibliográfica... Trata-se de uma questão muito maior: De liberdade de expressão, e esta, independente de amor a música, dentre outras coisas, é de interesse geral, de todos!!!!!
 

domingo, 1 de junho de 2014

Comida gostosa e barata: 
 
 Garimpamos lugares da cidade em que dá para comer bem com cerca de R$ 20 por pessoa. Às vezes até menos. Do pé sujo sem reboco na parede ao meio alternativo que recebe as pessoas no jardim de casa. Nas cidades alta e baixa. De Plataforma ao Nordeste de Amaralina, passando pelo Garcia, Sete Portas, Lapinha, Graça, Tororó, Pituba e Piedade. Alguns são mais “roots”, outros fofinhos. Mas todos têm pratos de primeira qualidade.
 
O Arrumadinho 8 Sabores mistura feijão tropeiro, vinagrete, banana-da-terra frita, ovo cozido, carne do sol, lombo suíno, frango, carne de fumeiro e camarão, para dois e custa R$ 26. Foto: Angeluci Figueiredo
 
Confira a nossa seleção de bares e restaurantes onde dá para se deliciar sem gastar os olhos da cara.
Boteco do Piri: Depois de trabalhar 16 anos nos badalados restaurantes Veleiro (Yacht Clube da Bahia) e Chez Bernard, Jailton Fernandes, o Piri, resolveu criar seu próprio negócio. “Quis trabalhar onde moro, o povo ter chance de conhecer coisas que só os magnatas podiam comer”, conta o chef. Entre elas, está o Arrumadinho 8 Sabores, que une feijão tropeiro, vinagrete, banana-da-terra frita, ovo cozido, carne do sol, lombo suíno, frango, carne de fumeiro e camarão. Custa R$ 26 e serve duas pessoas. Já o Escondidinho 4 Sabores mistura purê de aipim, carne de fumeiro, carne do sol, camarão e banana-da-terra. Custa R$ 28 e alimenta dois. Originalmente, as mesas e cadeiras abrigam cerca de 20 pessoas, mas se estendem pela calçada no fim de semana até acomodarem 60. O litro de refrigerante sai por R$ 4,50 e a cerveja, a partir de R$ 6. O pagamento pode ser no cartão de débito.
Funcionamento: terça, quinta e sexta, das 17h às 23h; sábado, das 11h30 às 23h; domingo e segunda-feira, de 11h às 19h. Endereço: Rua Alto da Alegria, 200, Nordeste de Amaralina. Telefone: (71) 8781-0095.
Recanto de Tia Célia: O cheiro da feijoada perfuma todo o beco e fisga quem passa pela rua Padre Domingos de Brito, no Garcia. As responsáveis pelo convite olfativo são Carina Maria e sua tia, Lêda, que comandam os Recantos da Tia Célia e da Tia Lêda. De domingo ao almoço de quinta-feira, o feijão sai das panelas de Lêda. Da tarde de quinta até o sábado à noite, quem comanda o caldeirão é Carina Maria, filha da lendária Tia Célia, que deu notoriedade ao local ao receber clientes ilustres como Lázaro Ramos, Taís Araújo, Belo, Glória Maria e Xanddy. O prato comercial da feijoada que seduziu tantos famosos custa R$ 30, serve duas pessoas e vem junto com arroz e salada de tomate com cebola.
As outras especialidades da casa são lombo, sarapatel e mocotó (os dois últimos só saem sexta e sábado). O segredo para vender 20 quilos do grão por semana? “A gente bota pé, mocotó, patinho... Tudo tratado. É comida caseira, boa, feita com amor. Aprendemos com nossas mães e avó“, explica Carina, que assumiu o negócio após a morte da mãe (Tia Célia). De sobremesa, tem os docinhos de Laiz (o casadinho custa R$ 1,70 e as trufas, R$ 1). A cerveja sai por R$ 5 e o litro de refrigerante, por R$ 4. Telefones: (71) 3235-5872 e 9931-4422.
Bar da Neinha: O point de camarão mais badalado do momento nasceu quando Iracema da Cruz de Oliveira, vulgo Neinha, perdeu o emprego de caixa de supermercado. Ela começou vendendo caldo de sururu no andar de baixo de sua casa, no bairro de Plataforma. “Tenho o restaurante há dois anos. O que faz mais sucesso é o camarão”, conta a chef autodidata, que comanda de perto 25 pessoas - 15 delas apenas para tratar o  marisco. Ele vira moqueca (R$ 60), escondidinho (R$ 40) e sai ao alho e óleo (R$ 40). Os pratos vêm com quatro acompanhamentos (pirão, arroz, feijão, farofa ou salada) e satisfazem quatro pessoas. O litro do refrigerante custa R$ 4 e a cerveja, R$ 6. De sexta a domingo, chegue cedo, pois as filas costumam ser grandes. Endereço: Rua Mabaço de baixo, Plataforma.
Telefone: (71) 3398-3985. Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 22h.
 
O escondidinho de camarão com purê de aipim, do Bar da Neinha, em Plataforma: moqueca, peixe e carne de sol também estão no cardápio. Foto: Angeluci Figueiredo
 
O Galo de Diumbanda: A antiga rodoviária da cidade, que fica na comunidade do Pelacity, nas Sete Portas, ganha vida nova toda quarta-feira, das 18h às 23h. É o dia e hora em que começa o Galo de Diumbanda, evento que mistura gastronomia e pagode. O najé (vaso de barro) cheio de galo cozido, pirão, batata, chuchu, quiabo e abóbora, custa R$ 30 e serve entre 3 e 4 pessoas. “É uma receita caseira, aprendi com minha mãe. Tudo começou com meu pai e os amigos, no bar. No formato atual já tem 8 anos”, conta Diumbanda, que é soldado da Polícia Militar e cantor da banda Bokinha da Garrafa, responsável pelo som. “Mesmo com a má imagem do bairro, nunca houve ocorrência”, frisa o cantor/cozinheiro.
Entre Folhas e Ervas: Há seis meses, de quarta a sábado, a partir das 19h, o quintal da casa do professor de educação física Ylo Del Rey, na Lapinha, ganha um perfume especial: o de frutos do mar. Seu restaurante, o Entre Folhas e Ervas, tem como prato mais pedido o camarão entre folhas e ervas, no qual o marisco é servido com tempero verde, tomate, cebola, pimentão e frutas. “Asso na pedra de granito com maracujá, laranja e melaço. Depois, misturo com limão, laranja, tangerina ou manga“, conta o cozinheiro autodidata. O tira-gosto sai por 23 reais e serve duas pessoas. Quem quiser mais substância deve pedir o peixe à moda da casa, assado na folha de bananeira (serve 3 pessoas e custa R$ 50). Aceita cartões de crédito e débito e só funciona para prato principal com reserva feita até as 9h.
Telefones: (71) 8816-5376 e 3326-3869.
 
O camarão entre folhas e ervas é o grande sucesso do Entre Folhas e Ervas, que fica na Lapinha: assado no granito. Foto: Angeluci Figueiredo
 
Fonte: Correio24h