terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

 
 
ELA
 
 
A primeira vez que vi o cartaz de ELA e li sobre o argumento filme, pensei comigo e verbalizei: Esse é o filme! Não pensei que seria tão feliz numa afirmativa desprovida de maiores informações e conhecimento... Fui conferir e sai da sala de... cinema extasiado, se é que é essa a palavra que se adequa a tamanha sensação de bem estar e de felicidade, afinal pouco se tem visto de filmes onde a argumentação a proposta e sua finalização cumprem o prometido... Eles podem ser até bons... Algo como ótimo, mas daí a excelente são poucos, muitos poucos, e, me perdoem os entendidos e críticos de carteirinha ELA é o melhor filme deste ano. Admito que GRAVIDADE é outro grande filme pela sua inusitada proposta, direção competente e acima de tudo pela visão inédita do planeta terra e a analogia proposta sobre os percalços da vida e a força que se encontra quando estamos no limite... ELA roteiro e direção de Spike Jonze é um achado: Abordar os relacionamentos em plena ebulição dos contatos virtuais em função das redes sociais, aplicativos e geringonças que nos deixam cada dia mais e mais individualistas e antissociais é ideia bacana e perigosa se não bem abordada. Contornando todos os percalços e tirando de letra, ele nos brinda com um filme sensível, belo e sobretudo poético. É profundo no abordar as diversas caras do amor e sua manifestações fazendo um paralelo sutil e necessário entre as relações de fato e as virtuais... Entre as nossas expectativas e as que, de fato, nos completa, que nos eleva e nos faz feliz... Com elenco enxuto e competente ele prova que nada como um bom roteiro e uma boa direção emoldurados por uma competente trilha sonora e exuberante e singela(como pode???) fotografia... Taí a equação do filme perfeito... Joaquim Phoenix, aqui numa de suas melhores atuações dá um show, Amy Adams brilha e deveria ser indicada a coadjuvante por este e não pelo outro papel, o que desde já se configura como uma trapaça... Scarlett Johansson é a alma do filme sem sequer aparecer, aliás vamos combinar: Merecia uma indicação ou ate mesmo criação de uma nova categoria no Oscar: VOZ...É impressionante como nos deixamos nos envolver pelo aveludado tom de sua voz na condução da trama... Ela nos adentra a imaginação e viajamos nas possibilidade de materialização de tudo que é falado e discutido... Não vale aqui tecer maiores comentários sobre o roteiro (excelente, e desde já um dos mais criativos a entrar na história... Fique atento as frases e citações, posso garantir: digno de ver e rever) as surpresas são o melhor do filme... Pouco comentado chegou pelas beiradas e tomou conta dos corações... AH, pra não esquecer, a bela música tema e se justiça houver vencedora de Oscar de canção, é de quebra composição TAMBEM do Spike Jonze, é mole? O cara tá com tudo... Vá assistir correndo. OBRIGATÓRIO!!!!!Ver mais

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


 
LUZ NEGRA
 
Fotografia, em seu sentido lato, é a arte de escrever com luz. E a luz, inevitavelmente, cria sombra. O jogo entre claro e escuro, portanto, é intrínseco à foto. Mas poucos exploram tão bem essa máxima quanto o baiano Robério Braga, 42 anos, que faz em Salvador a estreia nacional da exposição Luz Negra, amanhã, no Museu Carlos Costa Pinto, na Vitória. A mostra segue em cartaz até 30 de março.
A mostra reúne 20 fotografias em preto e branco, realizadas durante viagens de Robério ao Quênia, nos anos  2011 e 2012, e revelam aspectos culturais de três tribos: Maasai, Pokot e Samburu. “Eu estava inquieto, procurando um assunto diferente, uma imagem que impactasse. E, quando fui ao Quênia, descobri essas tribos, com esses adornos que chamam a atenção, com formas e texturas diferentes do que a gente está acostumado no dia a dia da Bahia, porque é uma África oriental, muito mais influenciada pelo mundo árabe e pela Índia”, pontua. 
Foi justamente o encanto provocado por essas tribos e seus adornos que o inspirou a arriscar experimentações artísticas. “Esse mundo imagético novo me fez buscar um olhar diferente também na fotografia, e comecei a testar uma subexposição luminosa: você capta menos luz do
 que precisaria. É quase como se fosse um defeito, mas um defeito proposital”.
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Marisa Monte e Julieta Venegas - Ilusion





DICA MUSICAL: PRA OUVIR AGARRADINHO!!!!!










 
 
 
 
 
 
 
DICA FOTOGRÁFICA DA SEMANA
 
 

 
 
 
A CULPA É DAS ESTRELAS
 


Baseado no livro do escritor sensação do momento para o público adolescente John Green, que também assina o roteiro é uma grande promessa. É admirável a maneira irônica e até mesmo cruel que Green constrói um romance entre dois adolescentes que se conhecem num grupo de apoio a pacientes com câncer. A bela e tocante história construída e compartilhada por dois pacientes terminais, suas fraquezas, seus dilemas, desejos e principalmente sua sede de vida é tocante e inspiradora, uma verdadeira lição para os fracos de iniciativa e fortes de saúde. Hazel e Gus dão um verdadeiro show em diálogos cortantes, situações extremas e principalmente lições edificantes e desafiadoras. Apesar de concebido(o livro) para o público jovem, é história que agrada todas as idades. Uma história de amor que, desafiando as circunstancias, nos mostra que viver é mais que um simples diagnóstico, é um estado de espírito e uma opção frente aos desafios e as desilusões que a vida nos impõe...
 
 
A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS
 
 
 
 
Baseado n o best-seller homônimo, o filme é singelo em sua forma, profundo em conteúdo e econômico na adaptação... Vou explicar: Para quem teve o deleite de ler o livro(ótimo), vai sentir falta de muita coisa, da carga dramática e principalmente várias situações omissas em prol do tempo e do enxugamento da história que o celulóide requer... É uma outra forma de ver a questão dos judeus, a filosofia de Hitler e principalmente, o que de fato importa, como lhe dar e reagir com as perdas ao longo da vida... Talvez pelo fato da leitura ter me dado alguns subsídios e me feito viajar mais na poética e triste história... Não espere grandes tragédias explicitas, Brian Percival optou por uma narrativa econômica na tragédia e farta na poesia e nos detalhes... A atuação bacana do Geoffrey Rush e Emily Watson aliado ao carisma do trio de garotos paga com folga o ingresso e nos deixa com a sensação que as vezes no cinema menos é mais... A reflexão e a mensagem é o que importa.   

TRAPAÇA é uma trapaça... Literalmente
 
 
David O. Russel caiu nas graças de Hollywood desde O Lado Bom da Vida, a sessão da tarde que concorreu ao Oscar como favorito ano passado e incensou a Jennifer Lawrence mais do que devia e elevou o Bradley Cooper ao posto de ator sério... Agora eu que digo: fala sério... Bem, o filme possui um grande elenco em grandes atuações, o que de certa forma não lhe concede uma ou outra estrela no quesito cotação... Comédia dramática(????) faz mais o estilo filme cabeça feito pra causar comentários(e causou) e nada mais... História meio frouxa de um casal golpista obrigados a colaborar com FBI infiltrando-se na máfia...Cotado para vários prêmios e ganhador de um bom número deles, é uma das grandes apostas ao Oscar próximo dia 2... Querendo passar por uma experiência, tente... Optando por algo mais seguro evite... tem muito filme melhor em cartaz!