sábado, 31 de março de 2012

HELENO é um daqueles filmes que ao acabar não terminam...Vou explicar: Nos acompanham e nos fazem pensar...E pensar muito. Trabalho competentíssimo do José Henrique Fonsêca, magistralmente fotografado pelo Walter Carvalho e protagonizado pelo excelente Rodrigo Santoro é de longe o melhor filme nacional a ser despontado este ano...Dificilmente encontrará páreo a altura. Totalmente gravado em P&B mostra a história do ídolo do futebol dos anos 40 Heleno Freitas. Além de nos mostrar que os BAD BOYS do futebol existiram desde sempre, guardadas as proporções e cada época, traça um perfil histórico numa reconstituição de época e figurinos da melhor qualidade. A trilha sonora é um espetáculo a parte, está lá emoldurando as fortes cenas a voz inigualável da soberba Billy Holiday. Não espere deste filme um tratado do futebol, não é este seu propósito, e sim a trajetória deste ídolo do futebol em suas crises, altos e baixos e principalmente sua relação com o mundo ao seu redor. Vale aqui ressaltar a atuação do Rodrigo Santoro, numa atuação visceral,que, como sempre, a exceção de algumas participações não tão especiais assim em trabalhos que beiram o medíocre, se mostra soberbo, só encontrando paralelo nos dois trabalhos anteriores Bicho de Sete Cabeças e Abril Despedaçado. A construção do personagem é densa, aí incluindo o aprendizado no futebol(ele convence sem dublê), sua vida desregrada, os vícios, a doença e por fim seu calvário numa decadência que comove e impressiona. Ponto para o cinema nacional que mais uma vez dá sinais de revitalização numa iniciativa corajosa(P&B), numa abordagem densa e verdadeira envolvendo um ícone da paixão nacional: O futebol. Não deixem de ver, apesar da tímida distribuição (Eu não mem canso de perguntar: Por que tanta porcaria (Licença da expressão) encontra espaços numa infinidade de salas, e uma pérola rara como esta se encontra apenas em duas tímidas salas???). OBRIGATÓRIO!

Cine Iguatemi e Aeroclube

terça-feira, 13 de março de 2012

OS MELHORES DE 2011







Os melhores filmes de 2011 não foram frutos da sabedoria de grandes medalhões da maestria na película, mas de dois ilustres desconhecidos, talentosos e com uma brilhante carreira pela frente se continuarem no mesmo caminho. Explico: Tivemos grandes obras na corrida comercial do Oscar, isso é indiscutível, o que não isenta os excelentes lançamentos que correram por fora, possivelmente rotulados de Cult ou de alter ego de diretor... Faz sentido... Pois bem, SHAME e DRIVE correram por fora do Oscar, tiveram lançamentos mais que tímidos, possivelmente distribuídos com um reduzido número de cópias, mas paradoxalmente esnobando criatividade, talento e principalmente elenco. Sim, estão lá as três promessas cinematográficas que já despontam com trabalhos consistentes e incensados pelos mais antenados e conhecedores da sétima arte: Ryan Gosling, Carey Mulligan(já falei aqui dela outro dia) e Michael Fassbender. Guardem estes nomes, logo, logo estarão no topo! Voltando aos filmes, são duas obras distintas mas semelhantes(?). Dois filmes adultos (Shame, principalmente) que abordam a visão de mundo de forma imparcial, neles não há julgamentos, posicionamentos, nem tão pouco patrulhamento...Obras concebidas para seus personagens brilharem... Impossível não se identificar ou até mesmo se enxergar com um ou outro detalhe ou o conjunto deles. São filmes paridos de uma direção madura, cujos conceitos adquiridos em áreas diversas(Steve McQueen(Shame) é artista plástico)... Estão lá iluminação e enquadramentos de 1a... Prestem atenção na cena do elevador de DRIVE, antologicamente já faz parte das cenas memoráveis do cinema, barbaramente construída não sairá tão cedo do imaginário mais atento...Ironicamente ou não a Mulligan esta presente, iluminando os dois...Voltando as cenas SHAME tem um punhado delas, uma em especial nas alturas, vai chamar sua atenção...

Não deixem de ver. E acreditem, se não concordarem comigo, devolvo a grana do ingresso!!! Não vale sabotar!!




quarta-feira, 7 de março de 2012

Übermodel Gisele Bündchen - Banco do Brasil. From Brazil to the World. F...




Belo comercial do Banco do Brasil. A tradição e solidez de um grande Banco aliados a beleza e talento de um ícone maior de trabalho e sucesso não poderia gerar outro produto que não uma grande peça publicitaria digna de alçar grandes voos pelo mundo afora!!!!

domingo, 4 de março de 2012

...Eles voltaram...Pois é, The Cranberries está de volta com ROSES, nada mais apropriado para uma espera de onze anos. A musicalidade está lá, intacta...E numa fase de total pobreza e falta de criatividade, melhor ficar com o velho bacana que com o novo sem sentido. Nunca o revival foi tão necessário, tão inspirador... Aleluia para o salvador da pátria. Outro dia conversando com amigos, chegamos a conclusão: Os anos 80/90 são, até aqui, imbatíveis. Por quanto tempo teremos que esperar uma repaginada musical(É muito peso pra Adele sozinha...Amy não aguentou...) que nos encha de novos sopros, novos sons, novo deleite??? Prestem atenção a primeira e a última música, a banda começa e fecha o ciclo do CD com duas grandes preciosidades. Não deixem de conferir!!!!