terça-feira, 14 de junho de 2022


 

LIGHTYEAR

Animação da PIXAR, nos traz a história de um dos brinquedos, o grande xodó do amável e cativante garotinho Andy da franquia de absoluto sucesso TOY STORY, sinônimo de virtuose no universo de animação. A sacado por trás da curiosidade a respeito da vida de cada um daqueles brinquedos, pode ser confundida com os comuns caça-níqueis que nos são apresentados, onde suga-se até a última gota do que uma franquia pode nos oferecer. Neste caso vai além e nos mostra que  pode até funcionar como um  tributo aos filmes de ficção cientifica, longe do mero interesse financeiro... Aqui Buzz ( o astronauta) é focado e determinado, chegando até a ser meio cri-cri, mas mantém o lema de cumprir o que se propõe, mesmo ante algumas limitações... A saga para retornar pra casa depois de ser abandonado a 4,2 milhões de anos luz da terra, em um planeta  é movimentada e equilibradamente humorada... Mas esses detalhes ficam por conta da surpresa na narrativa que entre outras coisas nos traz a história da famosa expressão: “Ao infinito e além”. Como toda produção da PIXAR, há o primor da fotografia, o apurado cuidado com os efeitos e. principalmente sua trilha sonora, cuidados levados a sério pela dupla Angus MacLane (PROCURANDO DORI) e  Jason Headley  que assinam o projeto. Diferente do usual, essa no entanto, não é uma narrativa que agrade crianças e adultos, talvez ela tenha ficado cansativa e bobinha demais para os adultos e complicada para os baixinhos. O caminho que deveria seguir acaba por se perder em abordagens que divertem mas não cativam, faltando talvez aí, um foco mais determinado e definido. Há uma tentativa de abordagem edificante, como sempre os filmes da PIXAR o são, mas que aqui se perde ou dilui em meio ao conteúdo  que não nos arrebata. Pra completar em meio a tudo isso há uma relação lésbica com uma cena de beijo gay que fez o filme ficar bem com a comunidade LGBTI e no entanto ser banido em 14 países, numa total demonstração de intolerância. O elenco de dublagem no Brasil traz Marcos Mion como Buzz, Adriana Pissardini, César Marchetti, Flora Paulita, Henrique Reis, Lucinha, entre outros. Light-Year dividiu a crítica especializada, ainda assim obtendo algumas boas resenhas, resta-nos agora aguardar a opinião que realmente é ansiosamente aguardada: de seu público infantil.

quarta-feira, 1 de junho de 2022


JURASSIC WORLD - DOMINIO

As vezes a impressão que temos é que JURASSIC é um osso difícil de largar, ou seja dificilmente escapa do rótulo de caça-níqueis, aquele formato bem conhecido que o sistema sacralizou e que, enquanto dá certo e produz retorno, haja continuação... JURASSIC WORLD – DOMINIO tem um pouco disso.É certo que a direção destas continuação nem chegam perto da maestria do mago Spielberg, mas nem por isso devem ser desconsiderados...  Nesta nova empreitada, dirigida por Colin Trevorrow, os dinos estão de volta e a convivência pacifica com os humanos está em crise. Como sempre há o grande interesse de uma grande corporação, e aqui o vilão é claramente inspirado nos grandes empreendedores, donos de traços, comportamentos e vestuário elegantes, vive a traçar salgadinhos quem sabe numa analogia do quanto devoram, enquanto tubarões , os peixinhos do aquário... Utilizando-se do recurso certeiro, as crianças, inclusive aqui temos um dinossauro bêbê, o mote parece manjado, e é, mas aqui se mostra certeiro. A saga que se desenvolve em prol do resgate do bichinho chega muitas vezes a emocionar, outro grande trunfo do filme. Sabemos que a pegada da ação é outro enfoque certeiro, portanto na falta de uma perseguição automobilística, sequencia certeira no gosto da média popular, aqui temos uma perseguição de dinos, onde a tecnologia é usada e abusada em prol de sequencias de tirar o fôlego, que superam em alguns momentos das sequencias anteriores. A sequência da perseguição de motos é uma delas. A diversificação de situações em que os dinossauros são inseridos e os planos sequência, são de fato um diferencial que, ancorados na tecnologia de ponta e criatividade nos brindam com sequencias de raro torpor, prova cabal de que a criatividade é o grande diferencial ainda que em meio a mais uma das tão propaladas sequencias. Reunindo o elenco antigo e apelando para uma previsível nostalgia, Sam Neill, Jeff Goldblum e Laura Dern  om atuações acima média, e aqui destaco Dern, em cenas muito boas, frise-se ai. de apurado humor, inclusive de si mesmo. Correndo pelas beiradas e ganhando fácil, a presença em cena, temos a piloto Kayla, interpretada por DeWanda Wise, pura adrenalina, protagoniza cenas impactantes e igualmente de humor sutil mas pertinente. Com duas horas e meia de duração(um exagero, levando-se em consideração que há uma sucessão de repetições, idas e vindas para o mesmo lugar) o final é melancólico e edificante, deixa-nos uma mensagem pertinente e necessária em prol do equilíbrio e respeito a natureza, já a repetida formula de voltar as grandes produções da década de noventa, ainda que repetida, ainda se mostra eficiente desde quando criativa e pertinente.

Ficha Técnica:

Título original: Jurassic World Dominion

Direção: Colin Trevorrow

Roteiro: Colin Trevorrow, Emily Carmichael

Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Sam Neill. Laura Dern, DeWanda Wise, Jeff Goldblum