terça-feira, 13 de novembro de 2012

 
MINHA BANDA FAVORITA

Hoje Salvador teve oportunidade única de ver o trabalho da maior banda de todos os tempos: Coldplay. Filme da turnê 2012, um primor de musicalidade e profissionalismo... Pena que não aproveitou. Exibido na sala Makro do Shopping Bela Vista, a sessão não chegou a contar com 30 pessoas. Azar de quem não compareceu, a película é de se ver ajoelhado agradecendo de tão boa que é. Conferi e fotografei a turnê anterior deles na Argentina, e, apesar de considerá-la uma das melhores, se não a melhor que já vi, devo admitir, nesta eles se superaram. Ótima oportunidade , principalmente para artistas locais, verdadeira aula de produção, condução e inovação no show business. Pena, foi desprezada. Decididamente, esta inspirada, talentosa e iluminada banda veio pra ficar. Esqueça toda a parafernália comumente usada na atualidade para os desprovidos de conteúdo, que neste caso precisam lançar mão de artifícios outros, que não a música(na falta dela) para agradar, o show é música em estado bruto lapidada... Explico: música em estado de graça, apenas música da melhor safra com a melhor energia e principalmente uma fantástica interação com o público, sem qualquer elemento cenográfico que lhe roube a cena. Esperemos pois que chegue logo ao mercado em DVD   e BLUE(previsão para 19.11). Até Rihanna surpreende num dos mais belos momentos do show em dueto com Chris Martin. Em tempo: foto da postagem captada na turnê anterior, na Argentina.
 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

 
Mágoas e uma Bela Homenagem
 
O último trabalho do Breno Silveira, GONZAGA de Pai pra Filho é um filme obrigatório, estávamos devendo um tributo ao Rei do Baião, ainda que em meio a muita mágoa e um legítimo dramalhão, afinal de contas a vida do rei foi realmente um drama. Muito pouco se sabia da vida dos dois e na época em que estavam em evidência não se propalava tanto assim a vida alheia, nem se discutia ou lavava roupa suja como é de praxe e obrigatório nos dias de hoje, não havia redes sociais, etc... Baseado numa gravação, tipo acerto de contas feita pelo Gonzaguinha num encontro com o pai, Silveira construiu um mosaico de fatos e circunstancias que pontua a vida dos dois. A película é um deleite para os olhos, fotografia esmerada e rica, coisa fácil,se levarmos em conta o rico cenário nordestino ali mostrado, narrativa fluente, apesar de dramática e elenco afiado... Ponto para atuações memoráveis de: Cyria Coentro, João Miguel(como sempre excelente), Sílvia Buarque, Zezé Mota, Nanda Costa, Chambinho do Acordeon, que dá um show de interpretação e Júlio Andrade (que incorpora Gonzaguinha)... Parêntese para a escolha não muito feliz do Gonzagão na última fase interpretado por Adélio Lima, que se mostra desconfortável e artificial. Preste atenção na cena final do acerto de contas: Gonzaguinha, é pura emoção e é como que se estivesse contracenando com uma porta.
O filme é bem construido, flui com competência, apropria-se de cenas reais em meio as fictícias, deita e rola na carga dramática e somente tropeça na escolha da Gonzagão dos últimos anos.
É sem sombra de dúvidas um belo apelo cultural, onde as raízes nordestinas ficam evidentes e sedimentadas nos acordes de Asa Branca, canção maior do rei, considerada hino nordestino. Evidente também as  diferenças ideológicas e musicais entre pai e filho, e uma curiosidade: fica nítido o endereço da composição Sangrando, (que até então era vista como canção de amor romantico) o forte apelo do filho que só queria o amor de um pai ausente e conflituoso. Obrigatório, mas ainda não é a obra prima do Silveira, aguardemos pois, um próximo trabalho que, conforme percebemos na sutil evolução, certamente nos trará melhores resultados.
Onde ver: Barra, Cinemark, Cinépolis, Lapa, Sala de Arte do Museu, Unibanco Glauber Rocha,UCI Iguatemi- Paralela.