quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


 
LUZ NEGRA
 
Fotografia, em seu sentido lato, é a arte de escrever com luz. E a luz, inevitavelmente, cria sombra. O jogo entre claro e escuro, portanto, é intrínseco à foto. Mas poucos exploram tão bem essa máxima quanto o baiano Robério Braga, 42 anos, que faz em Salvador a estreia nacional da exposição Luz Negra, amanhã, no Museu Carlos Costa Pinto, na Vitória. A mostra segue em cartaz até 30 de março.
A mostra reúne 20 fotografias em preto e branco, realizadas durante viagens de Robério ao Quênia, nos anos  2011 e 2012, e revelam aspectos culturais de três tribos: Maasai, Pokot e Samburu. “Eu estava inquieto, procurando um assunto diferente, uma imagem que impactasse. E, quando fui ao Quênia, descobri essas tribos, com esses adornos que chamam a atenção, com formas e texturas diferentes do que a gente está acostumado no dia a dia da Bahia, porque é uma África oriental, muito mais influenciada pelo mundo árabe e pela Índia”, pontua. 
Foi justamente o encanto provocado por essas tribos e seus adornos que o inspirou a arriscar experimentações artísticas. “Esse mundo imagético novo me fez buscar um olhar diferente também na fotografia, e comecei a testar uma subexposição luminosa: você capta menos luz do
 que precisaria. É quase como se fosse um defeito, mas um defeito proposital”.
 

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