quinta-feira, 17 de outubro de 2013

 
 
OS BELOS DIAS...

 

Decididamente o cinema francês continua a me surpreender. Não, nada contra ele, mas temos que admitir que aquele esquema de filme cabeça, com roteiro sem graça e excesso de diálogos em tiradas sem propósito era uma coisa chata, mas ainda bem que ficou no passado... Vendo a este excelente OS BELOS DIAS só ratifico minha impressão. Direção competente de Marion Vernoux e protagonizado pelas feras Fanny Ardant(bela, elegante, sensual dentre outras coisas) e Laurent Lafitte, o filme é um achado. Aposentada com 60 anos perde melhor amiga, com casamento em frangalhos ganha da filha de presente um passaporte para um clube da "melhor" idade, o "Os Belos Dias" do título, que de belo não tem nada... Lá em meio a todas as frequentes babaquices que se impõem aos chegados a "melhor idade", se choca, revoluciona e se envolve com homem muito mais jovem que ela... Fico por aqui com a história do filme que é baseado num romance de Fanny Chesnel, "Une Jeune Fille Aux Cheveux Blancs"... Em síntese Os Belos Dias conta a história de amor entre uma mulher de 60 anos e um homem de 30. Ponto. Esta é a questão da história que envolvida em outras questões constrói um painel de usos e costumes, onde a realidade é sutilmente criticada, avaliada e sobretudo posta em xeque. Em tempo de longevidade ficam algumas questões maravilhosamente abordadas pelo filme: O que fazer com o avançar dos anos? Ate que ponto arriscar, experimentar? Quais os limites impostos? Qual a razão pra vida? Estas são algumas das questões que constituem este mosaico que aos se transformar em poesia, nos faz esquecer OS BELOS DIAS(O clube) e pensar nos belos e inesquecíveis momentos. Uma lição!!!!
Em tempo: Uma das cenas faz uma sutil homenagem a A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM, fiquem atentos, é rápida e bela!
Serviço: Sala de Arte: Cinema do Museu, CineVivo, Cinema da UFBA.Ver mais



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