sábado, 21 de setembro de 2013

ELYSIUM
 
 
Eis que estréia o aguardadíssimo novo filme do diretor Neill Blomkamp. Em 2009 o aclamado, pelo público e crítica DISTRITO 9, foi a grande revelação e lançamento do jovem e talentoso diretor, estreante no universo dos longas. É perceptível, nas primeiras cenas de ELYSIUM a personalidade do diretor. Superprodução, desta vez tinha muita grana pra gastar, não faz feio. Neill utilizou cada centavo em prol de um filme bacana, com alma e sobretudo pedigree. O que poderia ser um samba de crioulo doido(a mistura de nacionalidades do elenco tinha tudo pra ser uma Babel) foi magistralmente equilibrado pela sua madura direção: Estão lá Jodie Foster e Matt Damon(Figurinhas imponentes do cinema americano), Wagner Moura e Alice Braga(brasileiros), o mexicano Diego Luna e o sul-africano Sharlto Copley (que rouba algumas cenas). A aguardadíssima participação do Wagner Moura, considerada estreia nas produções americanas se resumiu a uma postura correta e equilibrada, nada de muito revolucionário ou surpreendente(aliás cumpre aqui registrar que essa não é a primeira atuação dele lá, que ninguém nos ouça, ele fez participação em Sabor da Paixão, o medíocre filme com Murilo Benício e Penélope Cruz em 1999, que graças a Deus quase ninguém viu...). A história do filme é interessante, sua narrativa idem... O elenco faz bem o dever de casa e constrói uma boa narrativa ao longo de seus 109 minutos, emoldurados por cenário vezes futurista, vezes realista e uma trilha sonora de primeira... O que poderia surpreender em se tratando de construção de personagens, aqui não passa do competente, ou seja, não temos personagens arrebatadores, tipo aqueles que nos perseguem ao levantarmos da poltrona do cinema... Nenhum grande vilão a entrar na galeria dos eleitos... Em algumas cenas os destaques vão para: Alice Braga(quase sem sotaque) e Sharlto Copley, que se não faz um vilão arrebatador ao menos cumpre a função e reluz em algumas cenas de violência extrema... É um filme que deve ser visto e revisto, o Neill é um diretor detalhista e sensível, nos constrói um mosaico de situações onde ação e sentimento se misturam, crescem e nos surpreende. É plausível e ímpar o seu construir e ilustrar cenas com este misto de sensibilidade e ação, é uma forma de mostrar aos menos avisados que cinema precisa de alma e emoção!
Uma sugestão: Vejam na sala MACRO DO Cinépolis Boa Vista, nesta tela o brilho do filme é maior!

 

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