sábado, 22 de dezembro de 2012

O Impossível

Algo me dizia que "O Impossível" seria um bom filme. Não vi o trailler, não li muito a respeito e confesso que até o oportunismo de lançá-lo no Brasil justamente no propalado dia do fim do mundo já me deixou em dúvidas. Engano, fico com a alternativa  número um. É um filmaço. O espanhol Juan Antonio Bayona já havia mostrado a que veio com O Orfanato, sedimenta de vez sua carreira com este lançamento. Apesar de ser um filme de catástrofe, não é "mais" um filme de catástrofe, é O filme. Os efeitos especiais são um achado, a atuação do elenco dispensa comentários, até a ala mirim dá um show.O diretor encontrou o equilibrio quando centrou sua câmera num conflito mundialmente conhecido, mas com uma visão particular e minimalista que dá gosto assistir. A tensão que se estabele ao longo da narrartiva é o ponto máximo, a tragédia não é vista por si só como a fatalidade, é mostrada com honestidade, estão lá todos os aspectos frutos da tragédia que abalou familias, desafiou o espaço e tempo e mostrou que quando a natureza se revolta dificilmente o homem dispõe de mecanismos para contê-la. São muitas as cenas de sensibilidade ímpar, cenas aliás nunca imaginadas num filme de catástrofe como este é capaz de insinuar. Deve estar no listão do Oscar concorrendo a melhor filme, assim como a Naomi Watts deve concorrer a performnance de atriz, com todo mérito. Começo a imaginar que a disputa este ano há de ser dura, justamente pela qualidade e boas performances. O Impossível, uma história real que se tornou possível. um exemplo de vida, solidariedade, amor e sobretudo tributo a vida e tudo aquilo que ela pode nos legar. Momento de reflexão: O que estamos fazendo de nossas vidas?  

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