domingo, 6 de novembro de 2011



A DOIDA VAZOU e Seu JORGE mudou...



E como mudou. Aconteceu este último sábado no Bahia Café Hall show da turnê lançamento do CD Música para Churrasco Vol 1 de Seu Jorge.As expectativas eram as melhores possíveis e digamos que se não decepcionaram, também não foram de todo correspondidas... Me parece que virou lugar comum os famosos atrasos nos shows que acontecem em Salvador. Fiz uma previsão pequena e previsível, com margem de erro do show aberto pelo grupo Filhos de Jorge seguida da atração maior: Seu Jorge. Errei feio, não se fazem mais shows de abertura, mas sim um mix, ou seria marketing de lançamento de atrações com pouca ou nenhuma visibilidade. Devo dizer, diante mão, que sou contra estas atrações que antecedem os grandes shows ocuparem o palco por mais que 45 minutos... Somos que praticamente obrigados a engolir uma entrada por vazes indigesta quando pagamos efetivamente pelo prato principal, que a depender do tempo e da espera já nos chega como frio e as vezes até requentado... E foi esta a sensação que tive quando Seu Jorge adentrou o palco... Depois um grande e inexplicável atraso quase as 1:30 da manhã... Justiça seja feita: A produção e a banda que o acompanha continuam impecáveis... Foi um grande show onde o vasto repertório recortado por novos hits levou a grande maioria ao delírio fazendo coro e até mesmo 1a voz de grande parte das canções. Seu Jorge mostrou simpatia e acima de tudo sintonia com um público que lhe retribuía com o famoso peculiar calor humano baiano... Entrou no palco fazendo meio que o estilo Jack Johnson envergando jeans, camiseta básica e óculos de grife(desse Jack tá fora). Mas solto e saltitante no palco, arquitetou pulinhos, brilhou nas coreografias com os integrantes da banda, recitou poema, fez discurso panfletário e usou e abusou do politicamente incorreto ; Fumou e bebeu cerveja no palco. Neste aspecto podem me chamar de conservador, mas, continuo contra estas manifestações que só sedimentam hábitos que vão de encontro aqueles que elevam o cultivo a saúde... Nada contra uso de cigarro ou bebida... Que fizesse uso nos camarins. Formadores de opinião em massa, cantores principalmente, deveriam ter consciência da importância postural quando se encontram em público, principalmente no palco. Não devo me alongar. De estrutura pífia, o Bahia Café Hall já teve dias melhores. Ostentando uma estrutura lastimável, uma aparência sofrível, não fez jus como anfitrião ao ilustre, ainda que politicamente incorrento, visitante. Seu Jorge musicalmente deu um grande salto, outro ainda maior no que diz respeito a legião de fãs e admiradores que consegue consolidar a cada novo lançamento... Saiu da sala de estar e pulou pra laje. E, mesmo sendo pro famoso churrasco, manteve o nível e a qualidade. Torço desde já por esta permanência, afinal de contas o popular pode ser bacana sem ser populesco, e o grande público, que pude ver lá, talvez tenha ansiado por menos... recebeu mais e saiu no lucro porque incorreto ou não, ouvir seu Jorge ainda é um LUXO.

Um comentário:

  1. Seu Jorge é demais mesmo. A questão de fumar e beber no palco concordo com você, não é necessário fazer isso no palco, mas eles insistem neh...

    Um abraço!

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