segunda-feira, 3 de outubro de 2011







DRIVE




Assistir a DRIVE, sensação no último Festival de Cannes, e honrosamente laureado como melhor realização, é experiência ímpar e renovadora para todo cinéfilo.

Dirigido pelo dinamarquês Nicolas Winding Refn e protagonizado pelos excelentes Ryan Gosling (Amor a Toda Prova) e Carey Mulligan (Não me Abandone Jamais), atuais promessas e sensação da sétima arte, a película é um achado. Violento na medida, bem amarrado e principalmente bem fotografado, é de tirar o fôlego... Estão lá as perseguições automobilísticas, as cenas em câmera lenta, e principalmente as cores quentes (amarelo, vermelho e seu misto, o alaranjado) que dão certo charme a narrativa e emolduram com honra a atuação de um elenco afinado e bem dirigido. As cenas mais marcantes seguem esta linha e são o maior achado do filme.

Propositalmente os 50 primeiros minutos do filmes são de incomodar, tal a lentidão e excesso de informações melimetradamente construida, o que nos subsidia para maior entendimento futuro. É no inicio da 2a hora que o filme decola e literalmente mostra a que veio, de uma forma sutil nos acerta no estômago e daí pra frente não pára mais, não há descanso, haja fôlego.

Não vale a pena aqui fornecer dados ou resumo da história, grande mérito dele se dá justamente no conjunto de surpresas que nos aguardam, e olhe que elas não são poucas.

Vale ressaltar a atuação do Ryan Gosling que vem crescendo filme a filme, num acerto de opções seguidamente bem sucedidas de causar inveja. A construção dos personagens nos lembra o naturalismo observado num Wagner Moura, tamanha a facilidade de transitar em vários mundos, construindo personagens diversos e marcantes. ´

A Carey Mulligam não fica atrás, vem colecionando um sucesso atrás do outro, vide sua grande atuação no excelente, mas pouco visto e comentado Não me Abandone Jamais. Preste atenção na respiração dela, no olhar, na economia de gestos e na soberba atuação quando estabelece a cumplicidade com o Gosling sem lançar mão de uma palavra sequer.

Atentar para a trilha sonora, que é um outro achado, bem como na atuação do garotinho, que juntamente com o casal protagonista, forma uma santíssima trindade, por assim dizer, de uma fórmula que nasceu para ser sucesso. Com mérito.

Um comentário:

  1. Agora vou assistir neh!

    Ryan Gosling realmente tem agradado muito, o cara tem muito potencial e não pode e nem deve ser desperdiçado.

    Essa nova geração está de tirar o fôlego, seja na música, no cinema, só na tv que não acho que tenha tanta gente nova de qualidade, mas... de certa forma são meios diferentes com conceitos e ideologias diferentes.

    Valeu a dica!

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