quinta-feira, 20 de outubro de 2022


 

 

ADÃO NEGRO

 

Dwayne Johnson, nadou, nadou e morreu na praia... É sabido da sua fixação por tirar do papel ADÃO NEGRO e leva-lo as telas... Tarefa que lhe custou quase 15 anos, incansável não desistiu e dirigido pelo espanhol Jaume Collet-Serra nos brinda agora com seu ADÃO NEGRO o escravo que é agraciado com poderes de deuses antigos ao ser acordado pela rebelde Adrianna e que terá que enfrentar a tirania do Kahndaq. Optando para uma mistura de humor, ação e humanização, o diretor erra feio a mão e o que temos é um espetáculo de efeitos e principalmente som e a profundidade de um pires no roteiro, que costura diálogos de gosto duvidoso numa sucessão de gracejos que lhe quebram o arco dramático. Falar da atuação do Johnson é chover no molhado... queridinho do grande público, sua presença se tem como garantida uma boa bilheteria, o que neste caso acabou por ser o maior dos equívocos... brilhar nas histórias bobinhas de entretenimento com carinha de brucutu bonzinho é uma história... entrar no disputado rol de super-herói é outra história...  Aqui todo esforço é dedicado a surpreender e  a ocupar um lugar no disputado coração dos fãs, o que se viu no entanto foi uma fria receptividade de uma crítica quase dividida, e uma espécie de frustração... Na verdade o filão (super-heróis) estão a um passo de esgotar a formula. Os efeitos cada dia mais surpreendentes, as trilhas mais elaboradas e o roteiro, bem, os roteiros hoje são mais exigentes e quando não raro, são o calcanhar de aquíles de qualquer produção... As histórias se tornaram mais complexas, o público ficou mais exigente e a porrada por mais elaborada que seja deixou de ser a protagonista para ser coadjuvante e a busca é pelo conteúdo... Se possível for aliar os dois, está lançada a fórmula de candidato a faturar nas bilheterias, objetivo-mor de todo estúdio que se preze, e, como cereja do bolo, participação especial de um grande nome, reconhecidamente de talento que de passagem roube alguns minutos na narrativa... assim o foi com a Viola Davis que, numa rápida aparição, com cara de insatisfeita e totalmente no automático tem direito a duas falas, aqui se tornando mais um equívoco. No todo não julguemos um fracasso, longe disso. Visto nas salas IMAX, coqueluche do momento, é uma experiência singular... lá o filme precisa ser muito ruim para não agradar um pouco... Resta frisar a participação, sempre correta , do Pierce Brosnan que se não arrebata ao menos ameniza um pouco o vexame. É um filme que dividira opiniões, e que, para não sair do mais do mesmo, ao subir os créditos dá uma deixa para, quem sabe, uma futura melhorada... Sem spoiler...

Ficha Técnica:

Direção :  Jaume Collet-Serra  

Roteiro: Adam Sztykiel, Rori Haines, Sohrab Noshirvani

Elenco: Dwayne Johnson, Djimon Hounsou, Pierce Brosnan, entre outros

 

 

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