domingo, 19 de fevereiro de 2012

. Fui ver A Invenção de Hugo, recente trabalho do mestre Scorsese e saí da sala de cinema maravilhado.Não considero sua obra prima, nem o supro sumo do 3D, mas temos que admitir que até aqui, a exceção do Spielberg (ressalte-se com animação) foi o que melhor se apropriou dele depois da largada dada pelo Cameron. Voltemos a Hugo. O filme é uma grande e merecida homenagem ao cinema. Estão lá todos os elementos que, ao confundirem-se com o cenário apropriadamente construído pelo autor da obra em que ele se inspira, Brian Selzmek, faz da narrativa uma obra singular, ainda que qem alguns momentos cometa alguns pecados, na maioria das vezes inperceptíveis. Creio que o maior de todos os pecados(opinião bem particular) foi na escolha do ator mirim, que na boa parte dos momentos peca por inexpressividade, falta-lhe a emoção e interpretação visceral de um Salvatore Cascio. Talvez se a interpretação foi mais intensa(que em fato da história bem construída, o roteiro requer) o filme beirasse a perfeição. O que falta no garoto sobre na Chloê Moretz, quem não lembra dela em KICK ASS - Quebrando tudo? Sabemos que neste território(universo do filme), o Martin é um novato, no entanto, promissor. Não vale a pena aqui, comentar detalhes da história. Adianto apenas que se trata de uma história infanto-juvenil, onde uma grande homenagem ao cinema(Georges Méliès) pega carona e acaba por roubar a cena. Neste momento o filme se agiganta e emociona. A apropriação do 3D impressiona, e como sempre comento aqui, é uma ferramenta preciosa que enriquece a narrativa quando bem utilizada. É preciso que se dirija muito bem e que se apropie dos momentos certos, neles o 3D é um achado. neste quesito o Martin é show. A adaptação é bem construída, as tomadas de Paris são um espetáculo a parte, aliás seria outra declaração de amor a cidade luz? Bem, depois de ver o Artista e A Invenção de Hugo Cabret não tenho dúvidas, este ano a academia obrigatoriamente se renderá a França, porque sem sombra de dúvidas são as boas surpresas do ano(acrescente-se meia-noite em Paris, do Allen, soberbo), dois grandes filmes que certamente, apropriando-se da evolução tecnológica prestaram um bom serviço a sétima arte e, sobretudo, mostraram que não há tecnologia que se imponha perante a arte de fazer sonhar, ela pode sim, contribuir para que este sonho seja cada vez mais mágico e singular.

P.S. Prestem atenção. Este ano foi o ano dos cachorros. Vocês já repararam a quantidade de película que traz um cacorrinho que dá um show de bola este ano? A academia deveria repensar suas categorias!!!!!

Um comentário:

  1. AMEIIIIIIIIIII!

    E o melhor foi ver a Chloë Grace Moretz que sou SUPER fã desde kick ass, pois não me lembro de grande atuação dela em Vovó Zona, além do Asa Butterfield que mais uma vez me surpreendeu, depois do Garoto do pijama Listrado ele me vem com mais uma brilhante atuação, o garoto é demais. E o Martin Scorsese um gênio e amei a homenagem ao cinema que ele fez também.

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