sexta-feira, 4 de agosto de 2017


OS MENINOS  QUE  ENGANAVAM NAZISTAS

Direção: Christian Duguay
Gênero Drama
Nacionalidades FrançaCanadáRepública Tcheca
Durante um período de ocupação nazista na França, os jovens irmãos judeus Maurice (Batyste Fleurial) e Joseph (Dorian Le Clech) embarcam em uma aventura para escapar dos nazistas. Em meio a invasão e a perseguição, eles se mostram espertos, corajosos e inteligentes em sua escapada, tudo com o objetivo de reunir a família mais uma vez.
Certamente esse não é o primeiro, nem tão pouco será o ultimo filme a falar do nazismo, e em específico a perseguição aos judeus, no entanto essa narrativa guarda características e um certo clima poético e singular, é ai então que reside seu mérito e sua contribuição a abordagens envolvendo nazistas e judeus.
O roteiro é baseado numa história real, cujo livro alcançou 20 milhóes de exemplares vendidos ao redor do mundo, o que não é pouca coisa....
A história não guarda nenhuma grande trama ou grandes inovações, é simples  e nesta simplicidade reside seus maiores méritos: Dois irmãos em fuga da perseguição nazistas passam por fortes e edificantes experiências ao longo desta empreitada aliadas as mudanças que vivem na transição da chegada da adolescência. A narrativa centra foco nas duas crianças, suas experiências, seus conflitos e seu amadurecimento. Nos chama atenção o amor e a união desta família que vive de encontros e desencontros mantendo-se numa unidade exemplar.
Contando com um elenco competente e carismático, o ator mirim Dorian Le Clech (Joseph) rouba completamente a cena em uma atuação irretocável, um olhar encantador e um carisma singular. Girando em torno de Joseph, a história se desenvolve sob a ótica do seu olhar, o achado do diretor Christian Duguay que neste quase road movie soube criar situações de tensão e suspense mescladas ( A cena inicial chega a ser cruel, no entanto de amor desmedido) a situações outras,  onde a inocência e a singeleza da infância se equilibram, criando momentos de raro e sutil humor, isso, sem falar na bela trilha sonora e nas imagens deslumbrantes de uma bela Paris, o que legou o filme de certa leveza e o fez não ser de todo tão triste ou desalentador.

Christian Duguay  possui uma filmografia bastante diversificada, mostrando-se um diretor corajoso e sensível, são dele: Belle et Sebastian, Coco Chanel, Joana D Arc. Apostando aqui numa história mundialmente conhecida, no apelo sentimental  e sustentado por um elenco competente e carismático,  onde valores como amor, fraternidade e união familiar são sabiamente ilustrados. Nos brinda então, em meio a um tema espinhoso e perturbador,  com um filme de rara beleza e sensibilidade sem ser apelativo ou excessivamente dramático, um mérito.

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