LADY BIRD
Fazendo uma rápida analogia, LADY BIRD é que nem aquela torta manjada que todo mundo sabe a receita, ou seja, Greta Gerwig, em momento de sabedoria não quis reinventar a roda, nem lançar torta com receita velha, no entanto em sábia construção, reviu os ingredientes, acrescentou uns toques inovadores e por fim legou de alma e sentimento genuínos sem apelar para o drama rasgado tão batido... Tudo isso fez de LADY, um dos melhores filmes do ano, e uma grata revelação solo, desta que promete ser uma diretora de quem muito ouviremos falar...
O roteiro é centrado na história de Christine ou Lady Bird, como ela mesmo se auto-denominou vivida por uma espetacular Saoirse Ronan, que vive aqui o seu melhor momento...Lady vive com os pais e o irmão em Sacramento, cuja realidade é pautada num núcleo famíliar classe média-baixa, onde uma mãe controladora faz contraponto a um pai amoroso e dedicado, no entanto deprimido e recém demitido do emprego, pra completar, não é das mais queridinhas da escola, nem tão pouco boa aluna... Tem como melhor amiga a gordinha da sala e vive todas as transformações, a descobertas e desabrochar da sexualidade da adolescência para a fase adulta... Bem, já ouvimos falar disso antes não? Com certeza! O que Greta fez foi dourar a pílula, fazê-la atraente e leve, poética e banal, livrando-a no entanto de qualquer resquício de drama apelativo...
O que vemos é uma sucessão de diálogos cortantes, rápidos, mas inspirados e criativos, questionamentos pertinentes e atuais (a trama se passa em 2002). É nesse jogo criativo do trágico e o cômico que o roteiro se sustenta e se mantem equilibrado sem cansar ou parecer já visto, um sopro de vida e um aliado de peso ao cinema independente...
As atuações do elenco são incorrigíveis, a mãe (Laurie Metcalf, ótima) faz uma megera controladora mas no entanto não menos afetuosa... A cena inicial onde mãe e filha iniciam um diálogo resume praticamente a narrativa: Não concordando com a posição da mãe e para por fim ao dialogo, Lady Bird simplesmente se joga do carro em movimento... Um achado! Tá dado o recado do vem pela frente...
O núcleo familiar esta redondinho, a turma da escola dá um show, a fotografia e os cenários ajudam a criar um ambiente carregado, multicolorido... vide a decoração do quarto da protagonista.
Não temos aqui nenhuma grande inovação cinematográfica, no entanto temos uma narrativa construída sobre bases verdadeiras, sentimentos simples, comuns mais igualmente necessários, atuações viscerais e honestas, ingredientes que tornam o filme singular, afinal ali os personagens exalam autenticidade.
Na disputa pelo Oscar, as indicações recebidas são merecidas, agora é ficar na torcida! Levou Globo de Ouro de melhor filme e atriz na categoria drama...
Data de lançamento 15 de fevereiro de 2018 (1h 33min)
Direção: Greta Gerwig
Elenco: Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts mais
Gêneros Drama, Comédia
Nacionalidade EUA
Fazendo uma rápida analogia, LADY BIRD é que nem aquela torta manjada que todo mundo sabe a receita, ou seja, Greta Gerwig, em momento de sabedoria não quis reinventar a roda, nem lançar torta com receita velha, no entanto em sábia construção, reviu os ingredientes, acrescentou uns toques inovadores e por fim legou de alma e sentimento genuínos sem apelar para o drama rasgado tão batido... Tudo isso fez de LADY, um dos melhores filmes do ano, e uma grata revelação solo, desta que promete ser uma diretora de quem muito ouviremos falar...
O roteiro é centrado na história de Christine ou Lady Bird, como ela mesmo se auto-denominou vivida por uma espetacular Saoirse Ronan, que vive aqui o seu melhor momento...Lady vive com os pais e o irmão em Sacramento, cuja realidade é pautada num núcleo famíliar classe média-baixa, onde uma mãe controladora faz contraponto a um pai amoroso e dedicado, no entanto deprimido e recém demitido do emprego, pra completar, não é das mais queridinhas da escola, nem tão pouco boa aluna... Tem como melhor amiga a gordinha da sala e vive todas as transformações, a descobertas e desabrochar da sexualidade da adolescência para a fase adulta... Bem, já ouvimos falar disso antes não? Com certeza! O que Greta fez foi dourar a pílula, fazê-la atraente e leve, poética e banal, livrando-a no entanto de qualquer resquício de drama apelativo...
O que vemos é uma sucessão de diálogos cortantes, rápidos, mas inspirados e criativos, questionamentos pertinentes e atuais (a trama se passa em 2002). É nesse jogo criativo do trágico e o cômico que o roteiro se sustenta e se mantem equilibrado sem cansar ou parecer já visto, um sopro de vida e um aliado de peso ao cinema independente...
As atuações do elenco são incorrigíveis, a mãe (Laurie Metcalf, ótima) faz uma megera controladora mas no entanto não menos afetuosa... A cena inicial onde mãe e filha iniciam um diálogo resume praticamente a narrativa: Não concordando com a posição da mãe e para por fim ao dialogo, Lady Bird simplesmente se joga do carro em movimento... Um achado! Tá dado o recado do vem pela frente...
O núcleo familiar esta redondinho, a turma da escola dá um show, a fotografia e os cenários ajudam a criar um ambiente carregado, multicolorido... vide a decoração do quarto da protagonista.
Não temos aqui nenhuma grande inovação cinematográfica, no entanto temos uma narrativa construída sobre bases verdadeiras, sentimentos simples, comuns mais igualmente necessários, atuações viscerais e honestas, ingredientes que tornam o filme singular, afinal ali os personagens exalam autenticidade.
Na disputa pelo Oscar, as indicações recebidas são merecidas, agora é ficar na torcida! Levou Globo de Ouro de melhor filme e atriz na categoria drama...
Data de lançamento 15 de fevereiro de 2018 (1h 33min)
Direção: Greta Gerwig
Elenco: Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts mais
Gêneros Drama, Comédia
Nacionalidade EUA
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