120 BATIMENTOS POR
MINUTO
Longa do diretor Robin Campillo, nos narra a história da
ACT UP grupo criado na França que se notabilizou ao, nos anos 90, promover
ações em defesa da prevenção e de
tratamento a AIDS. Apesar de seu caráter
ativista, o filme, que em alguns momentos ganha ares de documentário, ainda
acha espaço para nos contar uma história de amor...
Não se trata de um filme fácil, mas nem tão pouco
difícil, demanda apenas um pouco de predisposição para uma experiência realista
que, se por vezes choca, noutras nos faz refletir e repensar comportamentos e
posturas frente a situações ali narradas...
Alem de nos mostrar as ações realizadas pelo grupo frente
as instituições governamentais, as seguradoras e a população em geral, a
narrativa se propõe a mergulhar, ainda que de forma pouco profunda, numa
relação, nos mostrando com riqueza de detalhes a convivência entre pessoas
infectadas... Chega a ser poético e de uma delicadeza ímpar a abordagem
conduzida pelo diretor.
Indicado pela França para concorrer a vaga de melhor
longa estrangeiro, ficou de fora, mas isso não lhe tira os méritos(e não são
pouco) frente a coragem e a forma humana e delicada que aborda o tema, sem
maneirismos, personagens caricatos e fórmulas fáceis...
Com excessivos 140
minutos de duração, um elenco coeso, onde excelentes atuais traçam um painel
honesto e impressionante, talvez ai resida um de seus pecados, talvez alguns
minutos a menos o deixasse mais redondinho e sintetizado, nada que comprometa
tanto.
Ganhador do premio do Júri no último Festival de Cannes,
deve ser visto e vale uma boa reflexão, ainda que muito venha mudando dos anos 90 até aqui, muitas das posturas e suas consequências ainda
tenham parado no tempo.
Ficha Técnica:
Direção: Robin Campillo
Elenco: Nahuel Perez Biscayart, Arnaud Valois, Adèle Haenel mais
Gênero Drama
Nacionalidade: França
Em cartaz :
Circuito Saladearte : Paseo, Museu e UFBA
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