sexta-feira, 5 de janeiro de 2018


120 BATIMENTOS POR MINUTO
Longa do diretor Robin Campillo, nos narra a história da ACT UP grupo criado na França que se notabilizou ao, nos anos 90, promover ações  em defesa da prevenção e de tratamento  a AIDS. Apesar de seu caráter ativista, o filme, que em alguns momentos ganha ares de documentário, ainda acha espaço para nos contar uma história de amor...
Não se trata de um filme fácil, mas nem tão pouco difícil, demanda apenas um pouco de predisposição para uma experiência realista que, se por vezes choca, noutras nos faz refletir e repensar comportamentos e posturas frente a situações ali narradas...
Alem de nos mostrar as ações realizadas pelo grupo frente as instituições governamentais, as seguradoras e a população em geral, a narrativa se propõe a mergulhar, ainda que de forma pouco profunda, numa relação, nos mostrando com riqueza de detalhes a convivência entre pessoas infectadas... Chega a ser poético e de uma delicadeza ímpar a abordagem conduzida pelo diretor.
Indicado pela França para concorrer a vaga de melhor longa estrangeiro, ficou de fora, mas isso não lhe tira os méritos(e não são pouco) frente a coragem e a forma humana e delicada que aborda o tema, sem maneirismos, personagens caricatos e fórmulas fáceis...
Com  excessivos 140 minutos de duração, um elenco coeso, onde excelentes atuais traçam um painel honesto e impressionante, talvez ai resida um de seus pecados, talvez alguns minutos a menos o deixasse mais redondinho e sintetizado, nada que comprometa tanto.
Ganhador do premio do Júri no último Festival de Cannes, deve ser visto e vale uma boa reflexão, ainda que muito venha  mudando dos anos 90 até aqui,  muitas das posturas e suas consequências ainda tenham parado no tempo.


Ficha Técnica:

Direção: Robin Campillo

Elenco: Nahuel Perez Biscayart, Arnaud Valois, Adèle Haenel mais

Gênero Drama

Nacionalidade: França



Em cartaz :

Circuito Saladearte : Paseo, Museu e UFBA

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