César Romero: Imagens do Caminho
23.12.2012 | Atualizado em 23.12.2012 - 04:31
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Lançado na semana passada no Ciranda Café Cultura & Arte –
Rua Fonte do Boi nº 131 – Rio Vermelho, o projeto Pé no Chão, Coração nas
Estrelas do fotógrafo Mario Edson. Consta de três momentos: calendário 2013,
exposição com 22 imagens e um vídeo de 12 minutos. O projeto foi realizado em 36
dias, vivenciando o Caminho de Santiago de Compostela e resultou em cinco mil
fotos. A exposição fica em cartaz até 12 de janeiro. Muitas experiências foram
vividas por Mario Edson, momentos de dor, arrependimento, expectativa, mas
recompensados pela alegria, paz, emoções várias e realização. Tornar o caminho
tema do calendário de 2013 é uma forma de compartilhar com o público tudo o que
o fotógrafo viu, ouviu, provou. Os lugares, as pessoas passantes, as paisagens e
os sentimentos foram traduzidos em imagens, testemunhas de um período especial,
que certamente as palavras não traduzem.
O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota ancestral de peregrinação que se dilata pela Península Ibérica até a cidade de Santiago no Extremo Oeste da Espanha, onde se crê estar o túmulo do apóstolo que tem o mesmo nome.
O calendário é um meio eficiente e intimista de comunicação com o público. Cada pessoa que o tem, consulta-o diariamente, ficando em contato próximo com as estampas. Funciona como uma companhia, que se revela a cada mês. O calendário tem origem pouco esclarecida, o historiador Alexandre Marshack acreditava que as marcas de um bastão de osso, cera de 25.000 a.C., num achado arqueológico, representavam um calendário lunar.Mario Edson, nos últimos anos, tem se debruçado sobre pesquisas para realizar calendários, exposições e vídeos. Em 2010, fotografou janelas. Em 2012, comemorando os 100 anos de nascimento de Jorge Amado utilizou-se do universo do escritor para produzir um calendário, O Amado Universo de Jorge.
A mostra fotográfica de agora reúne 22 imagens, que é um resumo enxuto da experiência. Algumas fotos são coloridas, outras de fins de tarde são em preto e branco, com pequenas manipulações digitais com técnica desenvolvida pelo fotógrafo, que compõe, quadro a quadro, objetos das cenas ou detalhes de cor. Os cenários são claramente demarcados e a depender de cada região do caminho, da natureza, surgem florestas fechadas como um túnel, vegetações rasteiras e longínquos horizontes, pinheiros em sua verticalidade, florinhas, igrejas e castelos seculares. Enfim, Mario Edson passou por 30 cidades, observando os costumes e os hábitos alimentares. As fotos expostas têm tamanho 50 x 75 cm, são diferentes do calendário e custam R$ 540 cada. O artista faz tiragem máxima de cinco cópias, o recomendável para fotografias. Há uma profunda delicadeza e magia em seu olhar que traz uma originalidade ímpar ao que já foi visto ou documentado. É esta especialidade que o faz um artista.
O vídeo de 12 minutos traz 140 imagens congeladas, que vão se sucedendo e contando uma história de contemplação e compartilhamento. Difícil foi escolher de cinco mil imagens 174, num recorte enxuto e coloquial. Havia ainda o conflito de viver a intensidade daqueles novos momentos como pessoa ou colher informações visuais, com pesado equipamento, buscando assuntos para fixá-los em fotografias. Mario Edson fotografou, filmou, gravou áudio, buscando o máximo de informações possíveis, e nos dá através de seus olhos e sensações uma possibilidade de contemplação. Divide referências.
Mario Edson é licenciado em Desenho pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Gestão de Negócios pela PUC – Rio e atua como fotógrafo e promotor cultural nas artes visuais (fotografia, artes plásticas e cinema). Como fotógrafo tem realizado ensaios documentais sobre vida e obra de proeminentes personalidades da cena artística cultural brasileira. Sua trajetória reúne mais de três dezenas de exposições coletivas e individuais, no país e no exterior. Sobre o tempo que vivenciou a experiência concluiu o artista: “Tudo que acontece em nossa vida é transformador, desde quando nos propomos a observar o que o universo e as pessoas têm a nos oferecer”.
O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota ancestral de peregrinação que se dilata pela Península Ibérica até a cidade de Santiago no Extremo Oeste da Espanha, onde se crê estar o túmulo do apóstolo que tem o mesmo nome.
O calendário é um meio eficiente e intimista de comunicação com o público. Cada pessoa que o tem, consulta-o diariamente, ficando em contato próximo com as estampas. Funciona como uma companhia, que se revela a cada mês. O calendário tem origem pouco esclarecida, o historiador Alexandre Marshack acreditava que as marcas de um bastão de osso, cera de 25.000 a.C., num achado arqueológico, representavam um calendário lunar.Mario Edson, nos últimos anos, tem se debruçado sobre pesquisas para realizar calendários, exposições e vídeos. Em 2010, fotografou janelas. Em 2012, comemorando os 100 anos de nascimento de Jorge Amado utilizou-se do universo do escritor para produzir um calendário, O Amado Universo de Jorge.
A mostra fotográfica de agora reúne 22 imagens, que é um resumo enxuto da experiência. Algumas fotos são coloridas, outras de fins de tarde são em preto e branco, com pequenas manipulações digitais com técnica desenvolvida pelo fotógrafo, que compõe, quadro a quadro, objetos das cenas ou detalhes de cor. Os cenários são claramente demarcados e a depender de cada região do caminho, da natureza, surgem florestas fechadas como um túnel, vegetações rasteiras e longínquos horizontes, pinheiros em sua verticalidade, florinhas, igrejas e castelos seculares. Enfim, Mario Edson passou por 30 cidades, observando os costumes e os hábitos alimentares. As fotos expostas têm tamanho 50 x 75 cm, são diferentes do calendário e custam R$ 540 cada. O artista faz tiragem máxima de cinco cópias, o recomendável para fotografias. Há uma profunda delicadeza e magia em seu olhar que traz uma originalidade ímpar ao que já foi visto ou documentado. É esta especialidade que o faz um artista.
O vídeo de 12 minutos traz 140 imagens congeladas, que vão se sucedendo e contando uma história de contemplação e compartilhamento. Difícil foi escolher de cinco mil imagens 174, num recorte enxuto e coloquial. Havia ainda o conflito de viver a intensidade daqueles novos momentos como pessoa ou colher informações visuais, com pesado equipamento, buscando assuntos para fixá-los em fotografias. Mario Edson fotografou, filmou, gravou áudio, buscando o máximo de informações possíveis, e nos dá através de seus olhos e sensações uma possibilidade de contemplação. Divide referências.
Mario Edson é licenciado em Desenho pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Gestão de Negócios pela PUC – Rio e atua como fotógrafo e promotor cultural nas artes visuais (fotografia, artes plásticas e cinema). Como fotógrafo tem realizado ensaios documentais sobre vida e obra de proeminentes personalidades da cena artística cultural brasileira. Sua trajetória reúne mais de três dezenas de exposições coletivas e individuais, no país e no exterior. Sobre o tempo que vivenciou a experiência concluiu o artista: “Tudo que acontece em nossa vida é transformador, desde quando nos propomos a observar o que o universo e as pessoas têm a nos oferecer”.
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