O Homem Que Não Dormia
Depois da “Avant Premier” em grande estilo na sala principal do Teatro Castro Alves entendi o título do novo filme do Edgar Navarro, cineasta baiano que admiro e que ao longo de sua trajetória nos brindou com surpresas, ainda que embaladas por um ou outro choque em nome do inusitado, do inovador.
Pois bem, depois do mediano Eu me Lembro, de contornos biográficos óbvios, eis que nos oferece O Homem que não Dormia que como inicio o parágrafo acima, agora entendo: Não dormia pelo pesadelo... Sim, a referida película é nada mais nada menos que um pesadelo, uma cocha de retalhos de tecidos de qualidade duvidosa, ainda que com fibras de primeira (o elenco).
Sou desde sempre incentivador das produções locais, dos artistas baianos, mas me reservo ao direito de não ser bairrista, se é bom admito, se não dou a mão a palmatória...
Costumo dizer que não existe filme ruim ou bom, gosta-se ou não deles, ainda que alguns consigam uma unanimidade sábia, ou até mesmo burra, como diria o falecido Nelson Rodrigues.
Navarro consegue ao longo de pouco mais que hora e meia desfilar uma meia dúzia de seqüência bizarras, que, se não chegam a chocar soam desagradáveis e de apelo gratuito... Algum motivo deve ter para enfileirá-las e editá-las, propondo com isso construir um longa. Mário Quintana costumava dizer que quando o poeta precisa explicar ao leitor seu poema, um dos dois é burro. Talvez seja o caso, por isso sinto-me o mais burro dos burros. Edgard, por mais admiração que nutra por você, desta vez não consegui te entender...
Locações primorosas (A Chapada emoldura totalidade das cenas), atores maravilhosos, e... um argumento sem pé nem cabeça...E digo mais, neste caso sem corpo também...
É com pesar que chego a esta conclusão... Quisera poder, e sempre quero, tecer comentários elogiosos e eloqüentes a cada produção baiana que me é acessível, aliás esta aí Os Filhos de João, que não me deixa mentir... Com toda “porraloquice” (perdão para a expressão) é um belo painel, traçado com afeto e maestria, de parte da história da música baiana.
Como se não bastasse a surpresa com a película, a série de equivocados protestos, palavrões e manifestações desnecessárias, ovacionadas com os inexpressivos e repetitivos UH! UH!, de uma platéia formada quase que em sua totalidade por estudantes pseudo-itelectuais equivocadamente, achando-se politicamente atuantes nas reivindicações(ao poder público) por apoio e mais verbas para a cultura e em especial para a produção áudio-visual na Bahia, reivindicação que, sinceramente, para apoio a produções daquele quilate soam desnecessárias, ao menos na avaliação de pessoas sérias e criteriosas.
Uma noite que tinha tudo para ser estrelar, apesar de chuvosa. Voltei pra casa com a sensação que dela não deveria ter saído.
Em tempo: Entrando em circuito comercial, tentem ver o filme, ao menos agora não terão tanta surpresa. E boa sorte para chegarem até o final.
Depois da “Avant Premier” em grande estilo na sala principal do Teatro Castro Alves entendi o título do novo filme do Edgar Navarro, cineasta baiano que admiro e que ao longo de sua trajetória nos brindou com surpresas, ainda que embaladas por um ou outro choque em nome do inusitado, do inovador.
Pois bem, depois do mediano Eu me Lembro, de contornos biográficos óbvios, eis que nos oferece O Homem que não Dormia que como inicio o parágrafo acima, agora entendo: Não dormia pelo pesadelo... Sim, a referida película é nada mais nada menos que um pesadelo, uma cocha de retalhos de tecidos de qualidade duvidosa, ainda que com fibras de primeira (o elenco).
Sou desde sempre incentivador das produções locais, dos artistas baianos, mas me reservo ao direito de não ser bairrista, se é bom admito, se não dou a mão a palmatória...
Costumo dizer que não existe filme ruim ou bom, gosta-se ou não deles, ainda que alguns consigam uma unanimidade sábia, ou até mesmo burra, como diria o falecido Nelson Rodrigues.
Navarro consegue ao longo de pouco mais que hora e meia desfilar uma meia dúzia de seqüência bizarras, que, se não chegam a chocar soam desagradáveis e de apelo gratuito... Algum motivo deve ter para enfileirá-las e editá-las, propondo com isso construir um longa. Mário Quintana costumava dizer que quando o poeta precisa explicar ao leitor seu poema, um dos dois é burro. Talvez seja o caso, por isso sinto-me o mais burro dos burros. Edgard, por mais admiração que nutra por você, desta vez não consegui te entender...
Locações primorosas (A Chapada emoldura totalidade das cenas), atores maravilhosos, e... um argumento sem pé nem cabeça...E digo mais, neste caso sem corpo também...
É com pesar que chego a esta conclusão... Quisera poder, e sempre quero, tecer comentários elogiosos e eloqüentes a cada produção baiana que me é acessível, aliás esta aí Os Filhos de João, que não me deixa mentir... Com toda “porraloquice” (perdão para a expressão) é um belo painel, traçado com afeto e maestria, de parte da história da música baiana.
Como se não bastasse a surpresa com a película, a série de equivocados protestos, palavrões e manifestações desnecessárias, ovacionadas com os inexpressivos e repetitivos UH! UH!, de uma platéia formada quase que em sua totalidade por estudantes pseudo-itelectuais equivocadamente, achando-se politicamente atuantes nas reivindicações(ao poder público) por apoio e mais verbas para a cultura e em especial para a produção áudio-visual na Bahia, reivindicação que, sinceramente, para apoio a produções daquele quilate soam desnecessárias, ao menos na avaliação de pessoas sérias e criteriosas.
Uma noite que tinha tudo para ser estrelar, apesar de chuvosa. Voltei pra casa com a sensação que dela não deveria ter saído.
Em tempo: Entrando em circuito comercial, tentem ver o filme, ao menos agora não terão tanta surpresa. E boa sorte para chegarem até o final.
Mário,
ResponderExcluirVocê como sempre com comentário inteligentes e convincentes. Você sabe que amo as coisas que escreve e sempre paro para ler e te prestigiar com comentários!
Sou sua fã cara!
Nossa!!! Nem respirei... Senti que você até tentou, mas não deu pra curtir o filme mesmo, apesar de um ou outro aspecto positivo.
ResponderExcluirEm tempo 2: não há mais motivação para ver o filme, ora bolas!